quinta-feira, 8 de maio de 2014

Atividade de Inclusão - Deficientes Visuais

                             

 Recursos didáticos

Jonir Bechara Cerqueira
Elise de Melo Borba Ferreira



Resumo
    
      Os materiais didáticos são de fundamental importância para a educação de deficientes visuais. Este texto pretende definir, classificar e ilustrar alguns destes materiais, além de apresentar recursos disponíveis a partir da utilização de equipamentos de informática.
Talvez em nenhuma outra forma de educação os recursos didáticos assumam tanta importância como na educação especial de pessoas deficientes visuais, levando-se em conta que:

1) um dos problemas básicos do deficiente visual, em especial o cego, é a dificuldade de contato com o ambiente físico;
2) a carência de material adequado pode conduzir a aprendizagem da criança deficiente visual a um mero verbalismo, desvinculado da realidade;
3) a formação de conceitos depende do íntimo contato da criança com as coisas do mundo;
4) tal como a criança de visão normal, a deficiente visual necessita de motivação para a aprendizagem;
5) alguns recursos podem suprir lacunas na aquisição de informações pela criança deficiente visual;
6) o manuseio de diferentes materiais possibilita o treinamento da percepção tátil, facilitando a discriminação de detalhes e suscitando a realização de movimentos delicados com os dedos.

Definição  
    Recursos didáticos são todos os recursos físicos, utilizados com maior ou menor freqüência em todas as disciplinas, áreas de estudo ou atividades, sejam quais forem as técnicas ou métodos empregados, visando auxiliar o educando a realizar sua aprendizagem mais eficientemente, constituindo-se num meio para facilitar, incentivar ou possibilitar o processo ensino-aprendizagem. De um modo genérico, os recursos didáticos podem ser classificados como:
Naturais: elementos de existência real na natureza, como água, pedra, animais.
Pedagógicos: quadro, mural, cartaz, gravura, álbum seriado, slides, maquetes.
Tecnológicos: rádio, gravadores, televisão, computador, tablet, notebook, softwares... 

Culturais: biblioteca pública, museu, exposições.

      O bom aproveitamento dos recursos didáticos está condicionado aos seguintes fatores:
1) capacidade do aluno;
2) experiência do educando;
3) técnicas de emprego;
4) oportunidade de ser apresentado;
5) uso limitado, para não resultar em desinteresse.



Seleção, adaptação e confecção
      Na educação especial de deficientes visuais, os recursos didáticos podem ser obtidos por uma das três seguintes formas:
Seleção
Dentre os recursos utilizados pelos alunos de visão normal, muitos podem ser aproveitados para os alunos cegos tais como se apresentam. É o caso dos sólidos geométricos, de alguns jogos e outros.


Adaptação
Há materiais que, mediante certas alterações, prestam-se para o ensino de alunos cegos e de visão subnormal. Neste caso estão os instrumentos de medir, como o metro, a balança, os mapas de encaixe, os jogos e outros.


Confecção
A elaboração de materiais simples, tanto quanto possível, deve ser feita com a participação do próprio aluno. É importante ressaltar que materiais de baixo custo ou de fácil obtenção podem ser freqüentemente empregados, como: palitos de fósforos, contas, chapinhas, barbantes, cartolinas, botões e outros.


Com relação ao uso, os recursos devem ser:

Fartos — para atender a vários alunos simultaneamente;
Variados — para despertar sempre o interesse do aluno, possibilitando diversidade de experiências;
Significativos — para atender aspectos da percepção tátil (significativo para o tato) e/ou da percepção visual, no caso de alunos de visão subnormal.



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